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DERMATITE ATÓPICA: A COCEIRA QUE NÃO PARA!


Pode haver coisa mais irritante a um proprietário do que um cão que se coça o tempo todo? Infelizmente é a condição que os donos de cães atópicos se encontram.

Atopia é uma predisposição genética para o desenvolvimento de alergia aos fatores ambientais , afetando tanto o homem quanto os animais. No cão, normalmente se manifesta como uma doença de pele inflamatória, pruriginosa (que coça), crônica e freqüente. A condição do animal pode ser  consideravelmente melhorada se várias abordagens forem combinadas e utilizadas adequadamente por um longo período de tempo.

A coceira é a principal manifestação da dermatite atópica, o que faz com que o animal esfregue, arranhe, lamba ou mastigue as áreas afetadas constantemente. A coceira é provocada por uma inflamação da pele que aparece como uma erupção vermelha que pode ser localizada ou generalizada em todo o corpo. Algumas áreas são mais afetadas como:






- Face, lábios, olhos
- Ouvidos
- Extremidades, como espaço entre os dedos
- Dobras cutâneas
- Barriga








Desenvolvida uma coceira insuportável o cão irá se coçar dia e noite, tornando-se rapidamente um problema para seus donos.  Sem tratamento a doença pode se tornar um estado inflamatório crônico favorecendo a problemas secundários, afetando a saúde do animal.

Não é uma patologia contagiosa. É certo de que fatores genéticos estão envolvidos, tornando-a de origem hereditária, ou seja, de pais para filhos. No entanto um cão que possui lesões de pele decorrentes da alergia podem ser portadores de bactérias e parasitas que estes sim, podem ser transmitidos a outros animais no convívio ou contato.

De acordo com a sintomatologia apresentada, podem ser necessários a realização de exames complementares de modo a excluir outras patologias. O diagnóstico correto da dermatite atópica, assim como o tratamento efetivo, contribui para redução ou até mesmo desaparecimento dos sintomas em situações de crises. Tratamento este que pode incluir medicações sistêmicas (administradas pela via oral), medicações tópicas (em apresentações como shampoos e hidratantes) e até mesmo mudança do hábito alimentar (dieta enriquecida com ácidos graxos, antioxidantes e demais vitaminas) tudo visando melhorar a condição da pele. 

É importantíssimo lembrar que tal tratamento deve ser estabelecido exclusivamente pelo Médico Veterinário. Tentativas frustradas de tratamento pode remeter ao proprietário gasto demasiado e desnecessário de produtos, e sobretudo colocar em risco a saúde do animal.


Muitos insucessos dos tratamentos provém  também de erros do proprietário na condução do tratamento sugerida pelo Médico Veterinário. Muitos proprietários acreditam que podem parar com o tratamento uma vez que os sinais clínicos tenha desaparecido.  Medidas complementares (dieta específica, hidratação contínua , terapia anti parasitária, dentre outros) não podem ser interrompidas porque a menor “brecha” pode provocar uma recaída nos sinais clínicos.




O objetivo principal da condução terapêutica da patologia atópica é
ajudar o proprietário a administrar o tratamento corretamente para que se obtenham resultados positivos e continue a ser motivado. Compreendendo, sobretudo que esta é uma patologia que não se cura completamente, uma vez que tenha sido diagnosticada. Apenas minimiza-se quadros desconfortáveis de coceira intensa e conseqüências secundárias à pele assim como a saúde do animalzinho acometido.